História de Asseiceira, 3 - Origens da Asseiceira

Embora o estudo toponímico (isto é, dos nomes dos lugares) permita imaginar que as origens da Asseiceira possam ser um milénio mais antigas, a primeira referência efectiva que conhecemos a este lugar data de 1216 (segundo Amorim Rosa) ou 1218 (segundo José Rafael Sirgado) e consiste na doação efectuada por D. Pedro Alvito (Mestre dos Templários) a Paio (ou Pelágio) Farpado do lugar de Ceiceira (ou Zaiceyra, como transcreve Sirgado) para que aí edificasse uma albergaria “para o serviço de Deus, e ali receberdes diferentes hóspedes e pobres transeuntes, para ali fazerdes edifícios e trabalhos, e todos os da tua geração.”
Ficaria esse lugar, porém, sob a alçada directa da Ordem, como deixa claro o documento que acrescenta “mas tu, e todos os que a tiverem, sejam nossos vassalos e estejam em nosso poder e em nosso termo. E nunca esta Albergaria, nem seus termos, seja dada a outro Senhorio” (transcrição feita por Amorim Rosa no livro “A vila de Asseiceira e seu termo”).
Segundo Sirgado, no conjunto de artigos “Ceyceyra e Atalaya – vilas e concelhos medievais do Médio Tejo”, publicado nos jornais O Templário e Cidade de Tomar das três últimas semanas, “a manutenção da Albergaria de Zaiceyra teve uma dupla função para os Freires do Templo: assistencial e povoadora. A primeira, através do apoio aos peregrinos ricos e pobres e aos viajantes que ali necessitavam de pernoitar; a segunda, pela criação de formas de atracção de populações e o consequente desenvolvimento de actividades produtivas (agrícolas e outras) e de edificação do lugar.”
Aqui fica a reprodução do documento, disponível no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.


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