Ao encontro do porto da Linhaceira

Agora que estamos a chegar ao segundo aniversário da Biblioteca de Temas Linhaceirenses, faz todo o sentido voltar a evocar aquela que foi a grande revelação do ano: a existência do porto da Linhaceira, confirmada por dois documentos de 1530.
O porto aparece-nos citado a propósito da navegação do Zêzere e do Nabão, entre Punhete (Constância) e a então vila de Tomar, razão que nos levou a procurar outros documentos que pudessem abordar o assunto.
Sem termos encontrado, para já, outras referências directas ao porto da Linhaceira, é significativo o que recolhemos no artigo "Os portos fluviais do Tejo", de Jorge Gaspar, publicado na revista Finisterra, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
Segundo este, existiam em 1552 um total de 120 barcos e batéis no porto de Punhete, o que fazia deste um dos portos mais importantes de todo o Tejo, entre Lisboa e Abrantes. Mais importante, porém, é a referência a que parte destes seriam de Asseiceira e Carvoeira.
Isto poderá querer dizer que o porto da Linhaceira não seria um mero ponto de passagem, mas sim um entreposto com algum peso na economia regional da época, uma vez que ele próprio teria as suas embarcações.


Publicamos também a transcrição de parte do artigo que refere estas embarcações, bem como a que se refere aos produtos transportados, entre eles o sal, que nos surge nos documentos referentes ao porto da Linhaceira.
 


Dos produtos oriundos da nossa região, teria especial importância o azeite, sendo que é bastante provável que as lampreias já viessem daqui (as azevias seguramente não, quando muito as enguias...).


 




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