História da Linhaceira, 21 - 1751, Linhaceira no Dicionário Geográfico

Com base num inquérito que terá sido respondido  pelos párocos, o padre Luís Cardoso publicou em 1751 o segundo volume do Dicionário Geográfico de Portugal.
Com um aspecto gráfico que se aproxima já daquilo que são os dicionários modernos, apresenta informação relevante sobre o termo de Asseiceira, incluindo a descrição dos diversos lugares, para além da vila: "Roda, Cazal da Linhaceira, Cazal da Velha, Val de Cavallos, Portella, Foz do Rio, Perdigueira, Pé do Atalho, Oiteiro, Quinta da Guerreira, Quinta da Metrena, Cazal Novo e Cazal da Vinha".
Saltam à vista a falta de Santa Cita, da Cerejeira e do Falagueiro (o que é corroborado pelos registos paroquiais onde estes lugares têm pouca expressão antes desta data).
Curioso é que o "Cazal da Linhaceira", como aparece descrito na listagem dos lugares do termo de Asseiceira, surja, quer no índice de localidades, quer na respectiva entrada, designado por "Cazaes da Linheira". Um facto que viria abonar a teoria da "terra de linho" como explicação do topónimo, se não fosse claramente um lapso, ainda que várias vezes repetido. Porém, também este lapso contribui para dar mais força ao ponto de vista de que o antigo topónimo Mynhaxeira referido no Numeramento de 1527-1532 tenha sido um erro e que já nessa altura a própria aldeia e não apenas o seu porto tivesse a designação de Linhaceira.





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